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O Sermão do Monte das Oliveiras, chamado ainda de a Profecia do Monte das Oliveiras ou Sermão profético, é uma passagem bíblica encontrada nos evangelhos sinóticos, respectivamente nos capítulos Mateus 24 (Mateus 24:1–31), Marcos 13 (Marcos 13:1–27) e Lucas 21 (Lucas 21:5–36). Também é chamado de Pequeno Apocalipse, pois em seu escopo inclui descrições de Jesus sobre o fim dos tempos, bem como o uso de linguagem apocalípticas. Nesse discurso, Jesus alerta seus seguidores que os mesmo passarão por tribulações e perseguições antes do triunfo final do Reino de Deus. Dentro da narrativa, este é um discurso ou sermão proferido por Jesus no Monte das Oliveiras, daí a origem do termo. Este é o último dos cinco sermões do Evangelho de Mateus e ocorre um pouco antes da narrativa sobre a Paixão de Cristo. Ao realizarmos uma análise conjunta dos evangelhos sinópticos, podemos inferir que este discurso ocorreu no terceiro dia da semana ou, como acreditam os católicos, na Terça-Feira Santa.
O maior desafio dos teólogos tem sido determinar o tempo exato do cumprimento desta profecia bíblica. É de considerável relevância a discussão de se a descrição de Jesus sobre a tribulação trata-se de um evento passado, presente ou futuro. Em cada uma das três perspectivas dos sermões evangélicos que, a primeira vista, parecem ter um teor preditivo há um consenso geral de que, no referido evento, Jesus teria profetizado sobre a futura destruição do Templo de Jerusalém.
No entanto, alguns interpretes cristãos modernos, divergem quanto ao significado dos tópicos adicionais deste discurso. Muitos intérpretes cristãos evangélicos, incluindo ministros e teólogos bem conhecidos, como Tim LaHaye, afirmam que esta passagem se refere à Segunda vinda de Cristo e, dessa forma, discordam que Jesus estaria descrevendo os sinais de seu retorno (é importante mencionar que o expositor britânico, Dr. Victor-Pearce, sugere que o meio do discurso se refere à invasão romana, enquanto o início e o fim dele se refere ao fim do mundo).
O fato do discurso ter sido proferido no Monte das Oliveiras, segundo muitos estudiosos, não foi acidental, mas sim o “ressoar” de uma passagem escrita no livro do profeta Zacarias, o qual afirma que o lugar seria a futura localização da batalha final entre o Messias judeu e seus adversários.